Baseada em fatos reais

Pessoa desesperada pra falar é assim, busca todas as alternativas possíveis, inimagináveis e sobrenaturais para aprender de forma correta e rápida tudo aquilo que ela precisa para não perder mais nenhum dia da sua vida sem interagir com o porteiro ou o motorista do ônibus.

Não é novidade dizer que ouvir música ajuda a aprender o idioma, assistir filme com a legenda em inglês, ler o jornal, fazer as lições do LiveMocha, usar os CDs da Rosetta Stone...

Eu já tentei (e continuo tentando) de tudo.  Não tenho um método que eu ache mais eficiente, mas tem o que eu mais gosto, que é assistir filme, seriados de TV e desenhos. Na verdade eu sempre gostei, e talvez seja por isso que se tornou o caminho mais confortável pra mim.

É claro que você pode continuar fazendo suas simpatias, usando seus patuás, subindo a escadaria da Penha de joelhos recitando todos os tempos verbais ou ainda dormir com a gramatica debaixo do travesseiro! Toda ajuda é valida... rsss

Acho que o segredo do aprendizado é continuidade, não pode parar! Eu mesma durante as férias, aproveitava meus momentos de ócio para assistir tv. Num dia desses, marido ligou no meio da tarde pra saber o que eu estava fazendo (só checar, sabe?) e ficou muito contente em saber:

- Alô.
- Oi bem, o que você está fazendo?
- Tô assistindo tv.
- E o que você está vendo?
- Desenho...
- Puxa, isso mesmo! Desenho é ótimo para aprender, a linguagem é simples e fácil de entender pra quem está aprendendo, as coisas são intuitivas... (disse marido cheio de orgulho) E o que você está assistindo?
- Tom and Jerry...
Silêncio...




Vai, bem melhor do que estar no shopping interagindo com o cartão de crédito, não é? (ele concorda) rssss
Você mulher, diga-me: você tem medo de quê?

Eu sou uma mulher muito corajosa, não tenho medo do escuro, não tenho medo de ficar sozinha, não tenho medo de barata (só nojinho), não tenho medo nem de dentista, mas de cabeleireiro, eu tenho MUITO MEDO!

E atire a primeira pedra a mulher que não tem!

Cabeleireiro bom pra mim, é aquele que corta cabelo há muito tempo, que já cortou o cabelo de alguém que eu conheça, que não tenha pena de cortar o cabelo e, principalmente, que corte o cabelo do jeito que eu quero! Me dá um nervoso quando eu chego lá e digo "Quero assim", levo fotinhos, o nome técnico e tudo mais, e o cidadão vira e diz: Mas assim não vai ficar bom pra vc... Tem certeza que quer fazer uma franja... Ahhh, vamos dar uma repicadinha pra dar volume... Vamos fazer umas luzes....

Eu nunca sei se o problema deles são as clientes que sempre chegam lá sem saber o que fazer ou se eles não sabem fazer o que eu quero. Na dúvida, eu me levanto e vou embora. Já fiz isso mais de uma vez. E por isso, quando eu ainda morava no Rio e estava com aquele cabelo desmilinguido pedindo pelamodeDeus um corte, eu comprava uma passagenzinha para Colatina e cortava meu cabelinho lá, com um conhecido. Mas e quando não se pode pegar um ônibuzinho para a cidade natal só para cortar o cabelo, o que fazer?

A hora de cortar o cabelo chegou para o marido bem antes, olhamos alguns lugares no centro da cidade. Na barbearia do libanês ele não teve coragem de cortar, todos lá tinham cabelos de oficiais da segunda guerra, a escolha foi um salão de umas chinesas que cortavam o cabelo por um preço bem justo. O único problema eram os exemplos que elas tinham lá, marido sempre ficava tenso com medo de sair com cara de Justin Bieber do salão. Apesar das dificuldades linguísticas, tudo dava certo no final.

Eu já tinha cortado as pontinhas, não queria arriscar um corte mais ousado com um desconhecido. Mas chega uma hora na vida de uma mulher, que cortar o cabelo é uma questão de sobrevivência (leia-se auto-estima) e os cortes milimétricos na frente do espelho com a tesourinha de unha já tinham chegado ao limite. Chegou a hora de mudar de cara e então minha primeira opção foi lá no salão das chinesas. Acontece que quando eu fui e perguntei quanto era o corte, o preço triplicou, e eu me senti um pouco discriminada. Poxa, só porque eu sou menina quer cobrar mais?! Tá certo, todo mundo sabe que o corte de mulher é mais caro, mas estava muito caro para o meu gosto... resolvi pesquisar outros lugares. Para minha tristeza, descobri que os outros lugares eram mais caros ainda! Cheguei a achar salão por 50 dólares o cabelo curto (nem queira saber quanto era para cabelos longos)!

Totalmente desorientada, fui pesquisar na internet lugares, preços e opiniões. Descobri dois brasileiros que cortam os cabelos da mulherada brasileira, mas ainda não estava convencida. Descobri também um salão aqui perto de casa que é uma Escola de Cabeleireiros e com um preço bem barato. Li algumas opiniões a respeito, fui lá conhecer o salão e me recolhi em um retiro para buscar orientação espiritual e assim enxergar mais claramente uma resposta.

Depois de uma semana de reflexões, cheguei a conclusão: bom, já que estou em Montreal, façamos como os Montrealenses. Vamos tentar! Entrega na mão de Deus, do cabeleireiro e se joga minha filha, pior que está não fica mesmo.

Cheia de coragem, fui eu lá no salão. A mocinha da recepção com uma risadinha malandra, me disse que tinha marcado com um estudante (dá pra cortar com estudante ou com os já formados com mais experiência). Eu só pensei: Ahhh safada, estão precisando de cobaias, né? Okay, tudo bem... vamos ver no que isso vai dar...

Sentei na recepção pra aguardar minha vez, ali mesmo já comecei a me dar conta da situação e então comecei a sentir calor. Mais rápido do que eu imaginava, veio uma mocinha bem novinha, com cara de uns 20 anos, cabelo de Barbie, corpinho de Olívia Palito, um salto agulha de 15 cm e disse meu nome com aquele sotacão quebecois. Que frio na espinha. Já???? Nem deu tempo de pegar as fotos de como eu queria o corte....

Me levantei um pouco trêmula e tentei esboçar um sorriso tranquilo: Você fala inglês? E ela mais sorridente ainda, para minha tristeza, disse: NÃO! Pensei: Pronto, F*@*#!

Respirei fundo, oxigenei o cérebro e repeti comigo mesma: calma, você tem a foto e treinou em Inglês e Francês o nome do seu corte, coragem, você consegue!

Dois passos e tudo o que eu tinha na cabeça era uma parede branca e nas mãos um celular que quase escorregava de tanto que eu suava. Procurava desesperadamente a foto que eu tinha colocado nele e não achava. Sentei na cadeira. Aquela cadeira mais temida que cadeira de dentista. A feliz magrelinha da cabeleira dourada colocou aquele avental no meu pescoço e começou a ajeitar o cabelo e antes que eu pudesse balbuciar qualquer coisa de como eu queria meu corte, ela já estava com a tesoura em punho.

Desespero total, o suor descia pela testa. Calma filha, calma! Eu tenho uma foto pra te mostrar de como eu quero o corte, não corta ainda, aguenta aí... ahh está aqui, ufa achei. Tá vendo, é uma franja, corte reto no comprimento, pode cortar uns 3 dedos, tira essas pontas secas... oi? O que foi? Porque você está rindo? Ahh é, você não fala inglês! (E o francês, cadê? Ficou atolado lá fora na neve).

Antes que eu pudesse pensar em levantar de lá, ou mandar uma mensagem de SOS para alguém, meu cabelo já estava separadinho em mechas, devidamente preso e a primeira parte já ia voando no chão. Santíssimo Sacramento do Altar, olha que chumaço de cabelo! É meu??? Aborta a missão, corta mais a franja não moça, deixa assim, tá bom. Quanto foi mesmo?

Um bilhão de coisas passavam pela minha cabeça: Meu Deus, como era mesmo o nome do corte em francês? E se eu usar o Google Translate do celular, vai ficar muito ridículo? E o "conversation mode"... talvez poss... mas antes que eu pudesse tentar falar ou fazer qualquer coisa, lá ia eu rodopiando na cadeira, que subia e descia até ela achar uma altura ideal para tosar meus lindos cabelinhos.

Já sentia um calor de 40 graus e as coisas pareciam só piorar. Pelos cabelos que ainda sobravam caídos sobre meus olhos, eu podia ver os outros cabeleireiros/estudantes desfilando pelo salão. A modernidade cabelística variava entre cores reluzentes e moicanos assimétricos. Acho que o mais normal era o da moça da recepção que tinha apenas 4 tons de vermelho no cabelo. De repente o secador desligou. Opa, terminou. Sobrou um pouco de cabelo, posso sentir. Qualquer coisa faço um rabo de cavalo e daqui uns dois anos eu vou pra Colatina e resolvo o problema. Maldita hora que não fui lá na dollarstore comprar uma tesoura pra fazer o serviço eu mesma. Vi tantos videos no youtube, como sou tonta, da próxima vez faço isso. Então ela colocou o secador de volta na mesinha: acho que acabou, vou sair correndo e só paro lá em casa, antes que ela ligue a máquina e faça o desenho da Flor-de-Lis na minha nuca!

Vamos fazer a franja agora?

Oi??? Como assim??? Franja??? Que franja??? Ai meus Deus, achei que ela tinha esquecido! Porque ela não esqueceu! Vou dizer pra ela que não quero mais....espera, o que é isso ali? Minha nossa, era a minha franja... mais cabelo voando??? Gente, essa mulher é o Edward Mãos de Tesoura disfarçado de inocente criancinha, só pode.... vou fechar os olhos, é melhor! Não quero nem ver a desgraça acontecendo.... mais cabelo voando?  Ai Jesus, ela está repicando a franja, como assim??? Gente que louca, tirem essa mulher daqui!!! Alguém me tire daqui!!!!

Quando eu estava quase começando a chorar, ela então disse: Voilá!

Voilá? Espera, isso eu sei o que é, acho que acabou, vou abrir o olhos! Aí que medo!

E nos 3 milésimos de segundos que me separaram dos meus pensamentos e do meu primeiro olhar para o espelho eu consegui pensar: Viu? Bem feito! Quem mandou querer ser a boazona e cortar o cabelo com a Quebeca "Tá no Canadá, faça como as Canadenses", agora aguenta...

E então abri os olhos, e o que vi no espelho foi um rosto enorme e RED! Um tomate maduro com cabelo sendo refletido no espelho. Mas pelo menos ainda tinha cabelo... e olha! A franja até que ficou igual a da foto... e o corte, vá lá, não ficou nada mal, viu...

Se gostei? Gostei sim moça, você leva jeito viu, está de parabéns. Good Job... quero dizer, você não fala inglês né? Très bien.... enfim, au revoir e merci beaucoup...

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. No final eu fiquei satisfeita. Foi difícil a decisão de escolher cortar o cabelo com uma local e ainda com a comunicação prejudicada, mas a experiência foi válida e principalmente: finalmente me livrei daquela cara de imigrante que caiu do pau-de-arara. E se antes me confundiam com uma local.... hahahahahahahaha... muito pretensiosa eu, né?

Enfim, estou satisfeita, mudei o visual por um preço bem legal!

E é claro que você agora está só esperando pra ver o resultado do serviço da filha caçula loira do Edward, não é? Sim, eu sei que está, e aí está a arte da pequena quebecoise:


(o capricho no photoshop é por minha conta)


Lição do dia: da próxima vez, procure um salão bilíngue e livre-se do fator surpresa.




Odeio segundas-feiras, e você? Nos últimos tempos tenho encontrado mais motivos para odiar as segundas... quer saber porque?


Junte a isso um ônibus lotado (quem usa o 24 em Montreal sabe do que estou falando) que não para e te obriga a ficar no ponto, em plena segunda-feira, debaixo de uma tempestade de neve, por 40 minutos!!!
E agora, você que está ai no país tropical vai apreciar um pouquinho mais as segundas, não vai? Aposto que sim... rssss


As aulas recomeçaram na semana passada e diferente do brasil, o ano letivo não esta começando agora, ele está continuando. Há um pequeno intervalo entre o Natal e o Ano Novo e mais uma semaninha para quem pode fugir do frio um pouquinho. O novo ano letivo só vai começar mesmo em agosto, depois daquelas férias de verão dignas de filme de Hollywood. Apesar do meu curso seguir o calendário escolar, cada nível do curso de inglês na comissão dura 3 meses. Ou seja, a cada 3 meses, se você foi um menino comportadinho, fez sua lição de casa, tirou uma boa nota na prova, apresentou todos os trabalhos e não faltou mais do que 5 vezes, você passa para o próximo nível. Tá, vai... não é tão rígido assim, mas ficou bonito, não ficou? E se eu não estou enganada, a francisação segue um calendário semelhante, talvez comece depois ou antes, mas semelhante nos tempos das férias dos Colleges e Universidades.

Confesso que estava ansiosa para a volta as aulas. Por mais que seja bom não precisar acordar cedinho, não queria perder o ritmo do aprendizado. As férias de verão são muito longas, para quem tem pressa, claro (adoraria ter 2 meses de férias no trabalho... hahahahahaha), mais pelo fato de dar continuidade ao aprendizado e principalmente, terminar logo o curso e desembestar a falar inglês por aí com toda minha tagarelice desenfreada, queria muito voltar.

Esses 15 dias de "Holiday Vacations" passaram voando, quando me dei conta, já estava no dia de voltar as aulas e começar na minha nova turma, no meu novo nível. Ainda bem! Mas (sempre tem um MAS) a vida de pobre não é fácil, acordar cedinho não é legal, com frio então... 

Essa turma que se inicia em janeiro é chamada carinhosamente de Winter Season. Apesar de não estar aquele inverno rigoroso como costuma ter com dois metros de neve na rua em Janeiro, estamos no Canadá, ora pois, e esse inverno é algo inimaginável para a cabeça de uma Colatinense. E nem chega perto do frio que faz a alegria do Carioca quando sobe a Serra pra usar casaco de couro em Campos do Jordão. Não tem dois metros de neve, okay, mas tem frio... e que frio... Semana passada tínhamos -17º com sensação de -28º. Tô reclamando? Tô não, até disse assim quando vi a temperatura: Ahhh, agora sim, me sinto no Canadá!

Até aqui, tudo bonitinho, tudo muito legal, com aquecedor no pé, edredom no sofá e chocolate quente na mão, mas vai encarar a friaca as 7 da matina lá fora? Aí o bicho pega, como diria minha mãe. Ver a neve caindo pela janela é poético, mas coloca o pezinho lá pra ver que maravilha que é. Isso porque o pé está protegido por uma bota com 600 gramas de isolamento 2 meias de lã fio 50 e talco mega-ultra-power-absorption,  imagina o coitado do nariz? 


Você consegue entender o que é frio? Então agora imagina ter que levantar da sua cama quentinha e fofinha e enfrentar isso? Quando o despertador toca e eu olho pela frestinha da cortina e vejo que ainda está escuro, da vontade de virar para o outro lado e ignorar o despertador desgraçado que fica cantando aquela musiquinha que nunca termina (eu acordo todos os dias ouvindo "Here comes the Sun" pra ver se eu me convenço, sabe? rsss). Quando me restam 15 minutos para preparar o café, me arrumar, coar o café, arrumar o material da escola que ficou espalhado pela mesa, passar manteiga no pão, tomar o café e vestir toda a indumentária de neve, resolvo me levantar, geralmente num pulo acompanhado de um P@#$ que P!@#. Mas é claro que logo depois disso e antes de fazer tudo que eu preciso fazer, dou uma outra olhadinha lá fora, abro a cortina e então realizo: está nevando pra CARAmba! 

Mas como na vida pobre só leva fumo mesmo, neve vem acompanhada de VENTO. E o vento.... ahhh o  vento... esse sim pode matar. Um vento maldito triplica a sensação de frio ao ponto de tornar impossível você ouvir sua própria voz de tanto que seu queixo bate.

Acredite, -20º e -10º fazem pouca diferença se não estão acompanhados de vento. Mas com vento -1° parece -100º. E COMO VENTA EM MONTREAL!!!

Quando se começa a entender o que esse frio significa para sua vida, a nota que vem bem abaixo da temperatura, em letras miúdas, dizendo quanto frio realmente está fazendo, vai ser determinante para sua sobrevivência: -1º (feels like -30).

Então, quando eu acordo de manhã, está nevando e a neve passa pela janela na diagonal, a vontade de voltar pra cama meio que se multiplica por 10, e mesmo ainda estando parada no mesmo lugar realizando a neve caindo, posso sentir o frio que está fazendo lá fora, eu tendo que andar contra o vento e a neve batendo no rosto e encontrando os espacinhos mais improváveis entre o cachecol e o pescoço, a orelha queimando, o nariz congelando e a perda total dos movimentos de todos os músculos do rosto, no percurso de 10 metros que separam a porta do prédio da porta do ônibus.

Mas, como diria minha santa mãezinha, "Fia, tá na neve (aqui eu fiz uma adaptação), é para congelar (e aqui também)". Ela não está aqui para dizer isso, mas eu sei que se estivesse, diria. E mesmo que se não dissesse, eu usaria isso para criar coragem e encarar o frio. Mas confesso que esse não é meu único argumento para comigo mesma: Os atletas Indomáveis e os Desbravadores Donos de Cachorrinhos Arruaceiros... ahh como eles me encorajam.

Eu mesma não sei se teria disposição para levar o Totó para passear às 6 da manhã ( ! ) com a temperatura abaixo de zero, com a rua cheia de neve (porque o tratorzinho a essa hora da madrugada ainda não passou retirando a neve da calçada e jogando o sal amigo). E neve é a alegria canina, nunca vi coisa igual. Eles adoram, enfiam o focinho na neve, se jogam nos montes e só faltam lamber o sal, de tanta alegria (o mesmo não posso dizer dos donos). E para os atletas montrealenses, o que falar? Eles encaram calor, chuva, vento, frio, neve! Não entendo porque diabos nenhum montrealense não ganhou até hoje a São Silvestre. E os defensores do meio ambiente? Ahhh, esses sim são uma inspiração. Carro? Ônibus? Jamais! Pedalar é o seu lema! No meio da neve? E daí? Com tempestade e vento a mil quilômetros por hora? E daí? Com um frio da moléstia, sem conseguir enxergar, respirar e ainda com os dedos enfiados numa sacola de mercado para não congelar? E-da-í ? O que importa é usar a bicicleta, preservar o meio ambiente, deixar o carro em casa e economizar uns tostões com o coletivo! Esses sim, merecem os meus aplausos, de pé! (mesmo porque, não vamos discutir com maluco, não é mesmo?).

E assim começa o meu 2012, vontade de aprender, uma coragem que nasce lá do fundo do âmago para enfrentar todas as manhãs essa diversidade natural a qual eu me meti, e acreditando que vou atravessar mais um inverno Canadense e assim completar com honras e glorias meu congelante Winter Season!


Hoy nevó... ontem também, e anteontem também. E o que significam 3 dias nevando sem parar?






Exatamente, que você vai ficar atolado nos muitos centímetros de neve da rua!


E isso significa também que não demora muito a prefeitura vai colocar umas 1600 máquinas na rua para dar inicio a remoção da neve, começando assim então, uma verdadeira Operação de Guerra! E ontem quando eu vi pela primeira vez nesse inverno um Snow Blower:


não pude deixar de rir e pensar no "Diário Intimo de um Argentino no Canada". Aliás, o trator que remove a neve da calçada e o que joga pra cima do caminhão (o tal do Snow Blower) receberam um apelido carinhoso aqui em casa. Quando começamos a ver os tratores se movimentando pela cidade dizemos: Lá vem os Cornudos de la Motoniveladora.

Para quem já viu, vale a pena ver e rir de novo, para quem ainda não viu, descubra quem são esses Cornudos clicando aí no vídeo e passe mal de tanto rir:


Diario de um argentino no Canadá from João Claudio de Sena on Vimeo.

Aqui tem um link com o texto do vídeo.